Movimemto cadeiao aqui nao!
Movimento "Cadeião, Não"ultrapassa 40 mil assinaturas, após mobilização
Abaixo-assinado ultrapassa meta e deve atingir 50 mil adesões em breve. Medo da instalação do CPP mobiliza a população
Divulgação
Força-tarefa: População aderiu em massa ao esforço contra a instalação do Centro de Progressão Penitenciária em Mogi das Cruzes
NOEMIA ALVES
Da reportagem local
O Movimento popular "Cadeião, Não" promoveu ontem uma nova rodada de assinaturas no Largo do Rosário, no centro de Mogi. O grupo, formado em sua maioria por funcionários da Câmara Municipal e de lideranças de bairros, não precisou insistir muito para conseguir que pessoas colocassem seus nomes, em sinal de repúdio à eventual instalação do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) no distrito do Taboão. Em quatro horas de manifestação, o grupo arrecadou 704 assinaturas que somadas aos 39,3 mil nomes de movimentos anteriores, atingiram a marca de 40.004 mogianos contra a implantação de um Cadeião na cidade.
A nova meta, agora, segundo o presidente da Comissão Especial de Vereadores (CEV) e um dos coordenadores do movimento, Jolindo Rennó Costa (PSDB), é atingir 50 mil assinaturas.
Hoje, o grupo dará continuidade ao trabalho no Mercado do Produtor, no Mogilar, a partir das 9 horas.
"A ideia é manter o movimento vivo e ativo, porque enquanto o Estado não anunciar se aceita instalar o presídio em Itaquá, conforme propôs o prefeito de lá (Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia), temos de mostrar ao governador que somos radicalmente contra esse Cadeião", sintetizou Jolindo.
A nova estratégia, a partir de segunda-feira, é aumentar a adesão das empresas e escolas públicas e particulares do município.
"Vamos fazer um corpo a corpo nas empresas de maior número de funcionários e escolas da cidade, de forma que o movimento fique ainda mais condensado", defendeu o presidente da CEV.
Na avaliação de Jolindo Rennó e do vereador Geraldo Tomás Augusto, o Geraldão (PMDB), uma ação judicial, como forma de impedir a instalação de uma unidade prisional - a exemplo do que aconteceu com Porto Feliz, no início desta semana -, não é a melhor alternativa. "Ação judicial, apesar de ser uma medida eficaz, deve ser utilizada em último caso. Mesmo porque ainda resta a dúvida se o CPP será em Mogi ou Itaquá", argumentou o peemedebista.
Jolindo garante que irá insistir no pedido de audiência com o prefeito de Itaquaquecetuba, Armando da Farmácia, para "oficializar" o acordo entre os dois municípios. Um encontro com o secretário de Estado da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, ou outro integrante do governo do Estado, é outra tática que deve ser adotada, em breve