Há poucos dias, uma ação especial da secretaria municipal de Transportes resultou na apreensão de um veículo dublê Ford Fiesta Sedan que há tempos causava transtornos ao proprietário do original.
Ocorre que o veículo clonado circulava por Itaquaquecetuba e foi fragrado sete vezes pelas câmaras de monitoramento para controle de velocidade (na Rodovia João Afonso de Souza Castelhano e na Estrada de Santa Isabel).
     Todas as multas foram remetidas ao senhor S.L.O., de 57 anos, residente da cidade praieira do Guarujá.
     Ciente de sua inocência, o proprietário do veículo original registrou um boletim de ocorrência na delegacia de seu município e enviou um recurso à secretaria municipal de Transportes de Itaquaquecetuba.
     No documento, o senhor S.L.O. também alegou que, apesar de idêntico, o veículo original possuía uma diferença: um adesivo com a inscrição “Comet”.
     A situação despertou a atenção do secretário da pasta, Wander Rodrigues Fernandes que, ao saber do fato, imediatamente espalhou fotografias do veículo, até então suspeito de clonagem, aos agentes de trânsito e determinou que os mesmos permanecessem em estado de alerta.
     Esta semana, o carro suspeito foi interpelado pelos agentes de trânsito e o condutor foi conduzido à Delegacia para averiguação de irregularidades e confecção de novo Boletim de Ocorrência.
     O condutor infrator, A.A.E afirmou ser advogado e residir em São Miguel Paulista. Em sua defesa, ele disse que recebeu o veículo como pagamento de um de seus clientes.
     O veículo encontra-se apreendido no pátio da prefeitura até que os fatos sejam devidamente apurados.
Segundo o secretário da pasta de Transportes na cidade, independente da procedência do veículo e de quem é o responsável pela sua clonagem, o fato é que o condutor trafegava em alta velocidade causando riscos para a sociedade como um todo (pedestres e demais motoristas); e isto não será permitido.
     “... Com a comprovação de que realmente se trata de um veículo clonado, nós já tramitamos os processos, liberando o proprietário do veículo original do pagamento das multas emitidas na cidade...”, concluiu Wander Rodrigues.